A Paraíba sedia, nesta quinta (15) e sexta-feira (16), o “Curso de Formação de profissionais de saúde, gestores e gestoras dos serviços do Processo Transexualizador no SUS”. O evento, realizado no auditório do Hospital Clementino Fraga, na capital, em parceria com o Ministério da Saúde, reúne profissionais da Paraíba, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte, que trabalham nas unidades com serviços especializados no Processo Transexualizador do SUS ou que estejam em fase de implantação dos serviços, além de representantes dos Centros de Referência em Direitos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), dentre outros serviços ligados ao tema.
Durante os dois dias de curso, estão sendo abordados temas como a Portaria nº 2.803, de 19 de novembro de 2013, para implementação ou ampliação do serviço especializado no Processo Transexualizador no estado, critérios e fluxos para a implementação dos ambulatórios (média e alta complexidade); formação dos profissionais de saúde para o acolhimento de travestis e transexuais na rede de atenção, entre outros.
Sérgio lembrou ainda que o ambulatório, inaugurado em julho do ano passado, é referência nacional por ter agregado em um único serviço diversas especialidades. “Hoje são 110 pessoas cadastradas, entre travestis, homens e mulheres trans. Desde a inauguração, já foram registrados 750 atendimentos. Já realizamos a primeira cirurgia de traqueoplastia (raspagem do pomo de adão) e temos 25 pessoas que aguardam a cirurgia transexualizadora (mudança de sexo). Desse total, temos quatro homens e 21 mulheres trans. Para a Paraíba este serviço é uma vitória, pois em outras gestões esse público era esquecido e hoje tem um serviço de saúde voltado para ele”, explicou.
Ivoneide lembrou ainda que é preciso aumentar essa linha de cuidado, montando um bloco cirúrgico para a implantação da cirurgia de mudança de sexo. “Estamos focados nessa implantação. Já existe uma demanda e um protocolo que nós estamos seguindo. A pessoa que deseja fazer essa cirurgia, antes, precisa passar por dois anos de terapia. Os pacientes que estão aguardando já iniciaram a terapia e, possivelmente, em um ano e meio quando inaugurarmos o bloco cirúrgico, já teremos usuários prontos para passar pelo procedimento”, explicou.
Ambulatório:O ambulatório TT foi inaugurado no dia 24 de Julho de 2013 e fica situado no anexo do Complexo Hospitalar de Doenças Infecto-Contagiosas Dr. Clementino Fraga. O primeiro atendimento foi realizado no dia 25 de agosto de 2013. Funciona de segunda a sexta-feira, nos dois turnos. De manhã das 7h às 11he à tarde das 13h às 17h. Todo atendimento deverá ter sua marcação prévia.
O corpo de profissionais do ambulatório e formado por ginecologistas, endocrinologistas, psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas e fonoaudiólogos.
“A inauguração do ambulatório representa um momento importante na saúde da Paraíba, que é a igualdade de direitos que está sendo oferecida à população LGBT”, afirmou a diretora geral do Clementino Fraga, Adriana Teixeira.
Assessoria
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