quinta-feira, 5 de abril de 2012

Governo quer mais autores brasileiros traduzidos para o inglês

Galeno Amorim informou que a B. N. receberá
7,8 Milhões para a tradução de livros brasileiros.
A Biblioteca Nacional, oitava do mundo em acervo, será neste ano uma das mais atuantes instituições públicas do Brasil a lançar mão de políticas tradicionalmente associadas ao soft power. Além de promover a tradução de obras de autores brasileiros para inglês e espanhol, está iniciando um programa para criar bibliotecas nas fronteiras do país com seus vizinhos na América do Sul.

Para o presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Galeno Amorim, a literatura é um meio "eficaz" de proporcionar um mergulho na cultura de um povo. A instituição acaba de criar uma área internacional para ampliar a ação no exterior, o Centro Internacional do Livro. Por trás da iniciativa, porém, está a estratégia de atrair investimentos e compradores para o mercado brasileiro de livros.
O Brasil é o 11º mercado de livros do mundo, com perspectiva de crescimento, segundo o presidente da FBN, já que novas parcelas da população começam a ter mais acesso a educação e cultura. Estima-se que o país tenha cerca de 100 milhões de leitores declarados, embora 80% afirmem não ler regularmente, segundo Amorim.
"A literatura brasileira circulou melhor no passado. Queremos retomar isso", diz ele, que anunciou recentemente um programa de R$ 7,8 milhões para estimular a tradução de livros brasileiros. "Há uma percepção generalizada dentro e fora do governo de que chegou a hora. Isso é bom para o Brasil, leva produtos e serviços e amplia as trocas acadêmicas".

Em em abril próximo, o Brasil será o homenageado da 25º Feira Internacional do Livro de Bogotá. Em 2013, é a vez de uma homenagem na Feira do Livro de Frankfurt, a mais importante do mundo. Em 2014, será homenageado na Itália, na Feira do Livro Infantil de Bolonha, a maior do gênero no mundo. Há negociações em curso com outros países, como a França, adianta Galeno. A estratégia é atrair editores dos países desenvolvidos. E, por isso, a participação em feiras internacionais é essencial. "É o que dá a visibilidade inicial aos nossos títulos."

Bibliotecas de fronteira

No fim de 2011, a gigante inglesa Penguin Book realizou um grande negócio no Brasil, ao comprar a Companhia das Letras. Neste ano, uma comitiva de editores ingleses irá ao Brasil pela segunda vez, capitaneada pela Publishers Association (PA) - a primeira visita foi em 2011. Por isso, a FBN vai promover com editoras brasileiras encontros preparatórios na London Book Fair, entre 16 e 18 de abril.

"No passado, depois da vinda de espanhóis e portugueses, agora parece haver uma onda de investimentos inglesa. Isso é bom, porque as primeiras editoras estrangeiras que vieram trouxeram títulos e, em seguida, começaram a buscar autores brasileiros. Então podemos imaginar que o mesmo acontecerá com as inglesas", diz o presidente da FBN.

Amorim afirma haver no setor uma tendência à internacionalização de marcas, movimento que ele promete acompanhar atentamente "para evitar que as editoras brasileiras percam competitividade".

A FBN também tem uma frente regional, voltada à América do Sul: abrir bibliotecas de fronteira,s com acervo bibliográfico bilíngue, mobiliário e equipamentos de informática nos municípios brasileiros que ainda não possuem uma instituição do gênero, especialmente nas áreas fronteiriças.

O projeto identificou cidades gêmeas que poderiam receber essas bibliotecas de fronteira, tais como Tabatinga (AM) – Letícia (Colômbia); Ponta Porá (MS) – Pedro Juan Caballero (Paraguai); Dionísio Cerqueira (SC) – Barracão (PR) – Bernardo de Irigoyen (Argentina); Uruguaiana (RS) – Paso de Los Libres (Argentina); Sant’Ana do Livramento (RS) – Rivera (Uruguai). "Em relação aos países lusófonos, em julho lançaremos edital para apoiar a ida de editores (para rodadas de negócios)", diz Amorim.

A FBN também vai iniciar ainda neste ano o que Galeno chama de Colégio de Tradutores. A instituição vai dar bolsas para tradutores estrangeiros que serão alocados em cidades históricas, de acordo com o interesse de suas pesquisas, para se aprimorarem e tomarem contato com a cultura local. Já há negociações com França e Alemanha para parecerias. "E, na Feira Literária Internacional de Paraty, a Flip, vamos lançar os editais para dar apoio financeiro à ida de autores brasileiros para divulgarem seus livros no exterior", afirma Amorim.
 
A Biblioteca também lançou revistas com amostras de novos trabalhos de autores brasileiros em inglês e espanhol. "Por razões táticas, podemos fazer edições em outros idiomas", diz o presidente da FNB.


Rodrigo Pinto
Da BBC Brasil em Londres

É semana santa e não feriado!


A Semana Santa é um tempo de profunda graça

"Infelizmente com o passar dos tempos as pessoas acabaram tornando um tempo de reflexão, de lembrança do sofrimento de Cristo, da via crucis, a sua morte e depois sua ressurreição e o tornaram em um feriado profano." By Thiago M. Florentino

Estamos num período propício que registra um marco, na nossa vida, de transformação, mudança, conversão. Esta semana é um marco da vida de Jesus Cristo, razão pela qual celebramos a Páscoa, a vitória da vida sobre a morte, a ressurreição. Deus sabe que temos necessidade de nos organizar dentro de um tempo. Todos os anos temos essa chance e quando ela chega, a graça de Deus chega com ela. A Semana Santa é um tempo de profunda graça que pode, se nós quisermos, ter o poder de transformar toda a nossa vida.

O segredo para nos desfazermos de uma vida velha, desvalorizada, entristecida, marcada por mágoas, ressentimentos e impulsos de vingança, que traz o peso dos erros e pecados do passado, carregada de culpa pelas más escolhas que fizemos, é dada pela Palavra de Deus, que, como um Pai misericordioso, nos coloca no colo e nos indica o caminho:
Se alguém está em Cristo, é criatura nova. O que era antigo passou, agora tudo é novo” (II Cor 5,17).

A sua vida só se torna vida nova quando você está em Jesus. É Deus quem o renova e vem ao seu socorro para lhe dar uma nova chance. Quando você coloca o seu coração nas mãos de Deus, se entrega a Jesus, neste momento é o fim da vida velha e o começo da vida nova, e de deixar passar o que já passou.


O que era velho agora se renova em Cristo. Todas as graças espirituais, afetivas, emocionais e materiais de que precisamos, assim como todos os dons preciosos, vêm de Deus Pai, como nos ensina a Sagrada Escritura. Hoje, o que você precisa virá pelas mãos do Senhor. Tudo vem de Deus por meio de Jesus Cristo, diz a Palavra, que reconciliou a cada um de nós com Ele e nos deu a graça de nos reconciliarmos com Deus Pai ao pôr nas mãos dos homens o ministério da reconciliação, que, de maneira especial, se concretiza no sacramento da confissão. Esse sacramento não vem dos homens, é disposição divina, vinda de Deus.


Atualmente, a confissão é particular, entre o padre e a pessoa, pois esta é uma maneira de não expor publicamente os erros cometidos por ela diante de outras pessoas que podem não ter estrutura e maturidade para não divulgar os pecados dela.


O ministério da reconciliação é uma graça, que passa pelos homens e é dada por Deus. O Senhor nos reconcilia todos os dias com Ele por intermédio desse ministério, pois foi o próprio Deus que, por meio de Cristo, nos reconciliou com Ele. Como? Não levando em conta os delitos da humanidade.


Deus quer reconciliar-se com você e lhe dar a graça de também se reconciliar com Ele, não levando em conta os seus erros [depois de se confessar]. Ele olha para você com misericórdia, quer perdoar-lhe e lhe dar uma palavra de paz e de reconciliação. E, para isso, colocou à disposição homens, que, como servos d’Ele, se prestam a realizar esse ministério. Reconcilie-se com o Senhor porque ainda há tempo, pois estamos no melhor tempo, a Semana Santa, na qual nos preparamos para a Páscoa do Senhor.


A graça de Deus acontece quando encontra um coração disposto a colaborar com Ele. Nós precisamos trabalhar juntos com o Espírito Santo para que a graça não nos escape e dê frutos.
Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova

Transcrição e adaptação: Rita Bueno