segunda-feira, 12 de junho de 2017

Pesquisa aponta que 52% dos lares brasileiros foram impactados pelo cenário econômico

Imagem: reprodução da internet
Inflação, desemprego crescente e crises políticas estão afetando mais do que a economia: a confiança do consumidor também não vai nada bem.

Se antes a aflição era com a qualidade de vida, hoje o aumento do preço dos alimentos e a economia estão no pódio de preocupação dos consumidores. Para conter gastos, eles estão reduzindo em média 8% nas despesas com lazer e vestuário, mas até mesmo com itens essenciais, como transporte e educação, também entram na lista de cortes. Hoje, 52% dos lares brasileiros foram impactados pelo cenário econômico.

Esta é a conclusão do estudo anual 360° Consumer View, que abordou as mudanças nos hábitos de consumo do brasileiro em 2016. A pesquisa foi realizada pela Nielsen, consultoria especializada em pesquisas sobre o consumo em todo o mundo, e teve como proposta investigar como o cenário de instabilidade política e retração do crescimento econômico afetaram o bolso e perspectivas do consumidor.

Embora os gastos tenham caído 16%, a renda também retraiu, mesmo que em um percentual menor (12%). A renda voltou ao mesmo patamar que se encontrava cinco anos atrás, mas os gastos retraíram acima da inflação, que foi de 6,29% no ano passado. Assim, a pesquisa concluiu, em relação à renda familiar, que mesmo impactados, esses domicílios têm comprado em média mais itens que antes embora gastando menos.

Por outro lado, após dois anos gastando mais do que ganhavam, as famílias, na média, conseguiram equilibrar as contas em 2016. Pela primeira vez, a Classe C, que antes liderou o crescimento do Brasil, passou a controlar as despesas. Os lares brasileiros que foram impactados pena classe C, comprometendo principalmente mulheres sem ensino médio completo e jovens de até 24 anos.

A pesquisa apontou que mais de 1/3 das famílias vão se endividar novamente depois de quitar as dívidas.

O professor de Economia da Universidade Federal da Paraíba, Alysson Cabral, frisou que itens como alimentação, moradia, higiene e limpeza, além de vestuário e transporte não podem ser cortados.

PB Agora