sábado, 3 de novembro de 2012

Guerra publicitária, acordos forçados, leis escanteadas e viva a Copa!

A Ambev fechou contratos de exclusividade com todos os bares no entorno do Engenhão pelos próximos cinco anos, o estádio, como se sabe, já é patrocinado pela Brahma.

A Coca Cola recentemente anunciou que conseguiu exclusividade no camarote do mascote da Copa de 2014.

Há anos que a Ambev é quem domina o setor de cervejaria no Brasil, porém já no setor de refrigerantes a Coca Cola é indiscutivelmente líder no mercado, o que vemos atualmente é uma verdadeira guerra entre essas grandes marcas, pela conquista de mais consumidores e que os atuais não os deixem.

Observando os comerciais de ambos, vemos nada mais que uma apelação insana pelo consumismo, são propagandas com edições de imagens fantásticas, bonecos animados em 3D contentes e com super poderes, pessoas felizes por estarem numa festa que só está acontecendo por conta daquelas bebidas estupidamente geladas, refrescando nosso calor tropical, ora, não seja por menos, somos o país das festas e de um calor invejado e desejado por “gringos” de toda parte do mundo.

Seria discrepância imensa da minha parte negar que ambas as bebidas são boas, consumo as duas, porém meu paladar foi quem determinou que elas são boas e não um comercial de TV, mais infelizmente vivemos num mundo em que “mostrar o que temos e consumir o que não podemos” é determinante para que nos encaixemos num bom status social, então esperemos esse tão esperado 2014, há, não esqueçam que por conta dessa “briguinha publicitária” a FIFA obrigou o Brasil a liberar a venda de bebidas alcoólicas no interior dos estádio onde acontecerão os jogos da Copa.

Quer dizer então que, grandes multinacionais lucram ilicitamente acobertados por um acordo “amigável” que favorece único e exclusivo a elas, enquanto isso anseios emanados da sociedade que pediram a proibição da venda das bebidas alcoólicas, são jogadas na “lixeira” para depois da Copa serem reutilizadas, atendendo a caprichos dos principais patrocinadores do evento, que são as cervejarias.

Infelizmente tenho que dizer isso, mais, “Isso é o Brasil”.

Thiago M. Florentino / com informações de Veja