A presidente
da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Dilma Pena,
afirmou que a concessionária tem a meta de despoluir o Rio Tietê até 2025, por
meio das obras de coleta e tratamento de esgoto desenvolvidas pelo Projeto
Tietê. "Em 2025 teremos o rio despoluído", afirmou. "Até o final
da década, teremos uma condição (do rio) próxima de sem odor e grau de
despoluição bastante avançado", completou.
A declaração
de Dilma foi feita nesta sexta-feira, no Palácio dos Bandeirantes, durante
cerimônia com presença do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o
presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
Luciano Coutinho. A reunião foi promovida para assinatura de financiamento de
R$ 1,35 bilhão do banco para o Projeto Tietê.
A presidente
da Sabesp afirmou que o planejamento da concessionária para a quarta etapa do
Projeto Tietê está concluída, e que demandará investimentos de R$ 4 bilhões,
dos quais R$ 1,2 bilhão já está garantido. "Essa etapa atinge áreas
remotas e pobres da região metropolitana", mencionou. Dilma acrescentou
que será lançada em abril uma licitação internacional para contratação de
serviços para aumentar a eficiência das principais estações de tratamento de
esgoto (ETEs) da região. "Vamos aumentar a capacidade de tratamento e a
eficiência das ETEs", disse.
Projeto
O Projeto
Tietê está em sua terceira etapa, iniciada em 2011, de um total de quatro. O
custo total da terceira etapa é de R$ 3,90 bilhões, e conta com financiamento
do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O empréstimo firmado com o
BNDES servirá para cobrir a contrapartida da Sabesp dentro do contrato com o
BID. Os novos investimentos, de R$ 1,35 bilhão, irão elevar a coleta e o tratamento
de esgoto na capital paulista e em 27 cidades da região metropolitana,
beneficiando os rios Tietê, Pinheiros e Tamanduateí.
A terceira
etapa envolve cerca de 500 obras, entre as quais a construção de nove estações
de tratamento de esgoto, ampliação de três já em operação e instalação de 580
km de grandes tubulações para redes de bairros, entre outras medidas.
De acordo
com planejamento da Sabesp, ao fim da terceira etapa do Projeto Tietê, o índice
de coleta de efluentes irá de 84% para 87% na região metropolitana. O
tratamento subirá de 70% para 84%. As obras do Projeto Tietê começaram em 1995
e têm duração prevista de 25 anos. A primeira etapa ocorreu de 1995 a 1998, com
investimento de R$ 2,16 bilhões; a segunda foi de 2000 a 2008, com R$ R$ 982 milhões.
A terceira etapa vai de 2011 a 2015, com R$ 3,9 bilhões.
Thiago M. Florentino
Fonte: Estadão