segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

MORTE E VIDA NAS RUAS

Parem as máquinas! Não dá pra continuar. Um homem morreu! 

Mas não vamos fazer dessa morte um estopim para mais violência, e nem uma pá de cal sobre a voz das ruas. O movimento segue sempre em busca de novas linguagens. São muitas vidas em jogo. Não podemos esquecer que quem trouxe a violência para as ruas foi o próprio Estado, lembram de junho? 


Essa tragédia não irá ocultar a culpa daqueles que fizeram da violência o falso mote da luta nas ruas. Não vamos esquecer o real motivo de centenas de milhares de pessoas saírem de casa, na iminência do aumento das passagens. 

O que não se fala é que não foi apenas Santiago que morreu. Ele não foi a primeira vítima da violência nos protestos no Brasil, nem a primeira morte do ato da última sexta feira. Poucos souberam do óbito do ambulante Tasman Amaral Accioly, um idoso, atropelado por um ônibus durante o caos instaurado pelas bombas da Polícia Militar em plena Central do Brasil, ou dos casos ocorridos em Belo Horizonte e Ribeirão Preto (SP) no ano passado. 

Invisíveis também são milhões de vítimas de um sistema que mata, impiedosamente, todos os dias. 

A versão oficial dos fatos está na mão de justiceiros seletivos, que ocultam cadáveres, ocultam violências, até que surja uma que se encaixe em sua narrativa que criminaliza a todos. 

Não acreditamos na violência enquanto metodologia para solucionar os problemas do Brasil, que são fruto, eles próprios, de mais de 500 anos de brutalidade por parte do Estado. Reprimir não é gerenciar. 

A violência, por si só, perde o sentido, não precisamos mimetizar a brutalidade dos nossos inimigos. As ruas vazias só favorecem os mandos e desmandos dos que não precisam dialogar com as multidões.

Nos solidarizamos com a família, os amigos e os companheiros de trabalho de Santiago Ilídio Andrade. 

Que os atos de hoje e de amanhã, justos e necessários, sejam também uma homenagem a sua vida e a vida de todos que morreram documentando e lutando por um país diferente.

Startup quer ajudar profissional a amar as segundas-feiras

Quando chega o domingo você já começa a sofrer com a segunda-feira e com mais um dia de trabalho? Uma startup quer mudar essa situação e "ajudar os profissionais a amarem as segundas-feiras". Na plataforma chamada Love Mondays, o candidato a um emprego pode acessar avaliações da empresa feitas por funcionários de maneira anônima para saber realmente como é trabalhar no local. Assim, ele pode encontrar um emprego que ele se identifique.

O Love Mondays foi uma das dez startups que participaram do Demoday da Aceleratech nesta quinta-feira, 6, para conquistar investidores. No mês passado, a startup venceu o Latin America Startup Challenge. Em dois meses no ar, o site registrou 70 mil visualizações, 4 mil usuários cadastrados e 700 avaliações postadas. Com o investimento, a expectativa é conquistar 1 milhão de usuários e 40 clientes em 12 meses.

A startup foi criada pela brasileira Luciana Caletti e pelos irlandeses Dave Curran e Shane O´Grady quando se conheceram na Inglaterra e buscavam ferramentas que eram úteis lá fora e não existiam no Brasil. Depois de dez anos morando fora, Luciana voltou para empreender no Brasil.

Em sua apresentação no Demoday, Luciana contou que hoje não tem saber como é realmente trabalhar em uma empresa até você começar a trabalhar no local. "E se você não gostar, já é tarde demais. Isso gera funcionários insatisfeitos, baixa produtividade, alta rotatividade e altos custos de recrutamento", disse.

Diante desse problema, a startup quer ajudar os candidatos a olharem a empresa por dentro ao acessar avaliações feitas por funcionários. A empresa também tem seu espaço na plataforma, onde pode postar fotos dos escritórios, entrevistas, vídeos e vagas de emprego.

De acordo com Luciana, da mesma maneira que as empresas investem nas marcas dos seus produtos para atrair consumidores, elas também precisam investir no seu employer branding, ou seja, na sua reputação como bom empregador, para atrair talentos.

O Love Mondays aponta como diferenciais em relação aos outros sites de recrutamento o foco em candidatos que ganham acima de R$ 4 mil e o fornecimento de conteúdo diferenciado com as avaliações.

Entenda o que é uma Startup

Estadão