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Imagem ilustrativa |
Depois de ajudar a criar as condições para o golpe de 2016,
que arruinou a economia brasileira, a Globo registra queda de receitas e
aumento de custos, o que derrubam o resultado operacional do
grupo; receita líquida (que reflete o resultado da TV aberta e do segmento
de internet) caiu de R$ 11,16 bilhões em 2015 para R$ 10,25 bilhões em 2016,
uma redução de 8%, contra os 6% que já haviam sido registrados de 2014 para
2015; com isso, a controladora do Grupo Globo voltou ao patamar de receitas de
2012; artigo de Samuel Possebon, do site Teletime.
Os
resultados da Globo Comunicações e Participações referentes a 2016, publicados
no último dia 17, mostram uma queda acentuada nas receitas em conjunto da TV
Globo e das operações de Internet do grupo. Somado a um forte aumento nos
custos de vendas e serviços, a consequência foi um resultado operacional
líquido muito abaixo do que se tinha nos últimos anos para a TV Globo, com
queda superior a 80%. Também houve uma queda na receita consolidada, que inclui
o segmento de TV paga, publicações de revistas e música. Mas mesmo com esse
quadro negativo, o grupo teve um lucro relevante em 2016.
A
receita líquida da controladora (que reflete o resultado da TV aberta e do
segmento de Internet) caiu de R$ 11,16 bilhões em 2015 para R$ 10,25 bilhões em
2016, uma queda de 8%, contra uma queda de 6% que já havia sido registrada de
2014 para 2015. Com isso, a controladora do Grupo Globo voltou ao patamar de
receitas de 2012, sem levar em conta a correção de inflação. Houve, ao mesmo
tempo, um aumento expressivo no que a empresa classifica de custos de vendas,
publicidades e serviços, que foi de R$ 7 bilhões em 2015 para R$ 7,9 bilhões em
2016 (aumento de 13%). Com isso, o resultado operacional líquido da
controladora despencou de R$ 1,45 bilhão em 2015 para R$ 191 milhões em 2016,
uma queda de quase 84%. Este indicador já havia registrado uma queda de 66%
entre 2014 e 2015. Entre 2011 e 2014, para se ter uma ideia, a média do
resultado operacional líquido foi de R$ 1,9 bilhão por ano.
Os
números pioraram menos quando se olha o resultado consolidado, que inclui
sobretudo as receitas da Globosat. Neste caso, houve também uma queda de
receitas, ainda que menor, mas as margens maiores asseguraram o lucro da
empresa. De forma consolidada, a Globo Comunicações e Participações teve receita
líquida de R$ 15,33 bilhões em 2016 (queda de 4,5% em relação a 2015), custos
de R$ 10 bilhões (aumento de 14%) e resultado operacional líquido de R$ 2,07
bilhões (queda de 40%). Esses dados não incluem as rádios e jornais do grupo.
Interessante
notar que subtraindo-se da receita líquida consolidada o resultado da
controladora (que só inclui a TV Globo e as operações de Internet), chega-se a
uma receita de R$ 5,08 bilhões em 2016. Esse número representa um aumento em
relação a 2015, quando as empresas de TV paga, revistas e música do Grupo Globo
acrescentaram R$ 4,88 bilhões às receitas da controladora. Ou seja, mesmo com a
queda no mercado de TV por assinatura nos últimos dois anos, ainda assim houve
aumento de receita conjunta das empresas controladas, onde sobressai a
Globosat.
Com
isso, a Globo Comunicações e Participações conseguiu ter um lucro consolidado
de R$ 1,95 bilhão em 2016. É um resultado relevante se comparado às outras
empresas de mídia brasileiras, mas 36% inferior ao próprio lucro recorde de
mais de R$ 3,06 bilhões em 2015. Ao final, os dividendos pagos pela Globo aos
acionistas foram de R$ 2,5 bilhões em 2016, superior ao lucro, pois a empresa
começou 2016 com mais de R$ 4,6 bilhões em caixa.
Brasil 247