quinta-feira, 23 de março de 2017

Juízes trabalhistas afirmam que terceirização provocará empobrecimento do país

Imagem: Divulgação oficial na internet
A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), que representa cerca de 4 mil juízes do Trabalho, divulgou uma nota nesta quinta-feira (23) em que diz lamentar a aprovação do PL nº 4302/98, na noite desta quarta-feira (22) pela Câmara dos Deputados, que libera a terceirização irrestrita em todos os setores do Brasil.

A entidade ressalta que o projeto "não trata de matéria de interesse da população" e "contribuirá apenas para o empobrecimento do país e de seus trabalhadores", ao "instituir como regra a precarização nas relações laborais", "agravar o quadro em que hoje se encontram aproximadamente 12 milhões de trabalhadores terceirizados", e aumenta ainda fatores como "rotatividade" e "acidentes de trabalho".

"A aprovação da proposta, induvidosamente, colide com os compromissos de proteção à cidadania, à dignidade da pessoa humana e aos valores sociais do trabalho previsto no artº 1º da Constituição Federal", protestam os juízes, que apelam a Michel Temer para que vete o texto. Confira a íntegra da nota:

NOTA PÚBLICA

A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho – ANAMATRA, entidade que representa cerca de 4 mil juízes do Trabalho, tendo em vista a aprovação, na noite desta quarta-feira (22/3), do Projeto de Lei (PL) nº 4.302/1998, que regulamenta a terceirização nas atividades meio e fim, bem como na iniciativa privada e no serviço público, vem a público se manifestar nos seguintes termos:

1 – A proposta, induvidosamente, acarretará para milhões de trabalhadores no Brasil o rebaixamento de salários e de suas condições de trabalho, instituindo como regra a precarização nas relações laborais.

2 – O projeto agrava o quadro em que hoje se encontram aproximadamente 12 milhões de trabalhadores terceirizados, contra 35 milhões de contratados diretamente, números que podem ser invertidos com a aprovação do texto hoje apreciado.

3 - Não se pode deixar de lembrar a elevada taxa de rotatividade que acomete os profissionais terceirizados, que trabalham em média 3 horas a mais que os empregados diretos, além de ficarem em média 2,7 anos no emprego intermediado, enquanto os contratados permanentes ficam em seus postos de trabalho, em média, por 5,8 anos.

4 – O já elevado número de acidentes de trabalho no Brasil (de dez acidentes, oito acontecem com empregados terceirizados) tende a ser agravado ainda mais, gerando prejuízos para esses trabalhadores, para a Sistema Único de Saúde e para Previdência Social que, além do mais, tende a sofrer impactos negativos até mesmo nos recolhimentos mensais, fruto de um projeto completamente incoerente e que só gera proveito para o poder econômico.

5 - A aprovação da proposta, induvidosamente, colide com os compromissos de proteção à cidadania, à dignidade da pessoa humana e aos valores sociais do trabalho previsto no artº 1º da Constituição Federal que, também em seu artigo 2º, estabelece como objetivos fundamentais da República construir uma sociedade livre, justa e solidária e a erradicar a pobreza, a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais.

6 – Por essas razões, a Anamatra lamenta a aprovação do PL nº 4302/98, na certeza de que não se trata de matéria de interesse da população, convicta ainda de que a medida contribuirá apenas para o empobrecimento do país e de seus trabalhadores.

7 – Desse modo, a ANAMATRA conclama o Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Dr. Michel Temer, a vetar o projeto, protegendo a dignidade e a cidadania.

Brasília, 22 de março de 2017
Germano Silveira de Siqueira
Presidente da Anamatra

ParlamentoPB

Estudante de Direito é preso por desviar R$ 3 mil de vale alimentação de funcionários, em JP

Foto: reprodução da internet
Um estudante de Direito, de 44 anos, foi preso, nesta quinta-feira (23), suspeito de desviar valores de vale alimentação de funcionários de uma concessionária de motos de João Pessoa. O golpe já contabilizava R$ 3 mil em favor do suspeito.

Segundo a Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) da Polícia Civil em João Pessoa, o suspeito coagiu um funcionário semianalfabeto que trabalhava no setor de limpeza da concessionária e dava R$ 160 a ele para que pudesse depositar os valores desviados em seu cartão.

“O suspeito trabalhava no setor de RH da empresa e usava o cartão de um zelador do local para depositar os valores desviados. Em troca, o zelador recebia R$ 160 por mês”, disse a DDF.

Ainda segundo a DDF, o estudante suspeitou que o golpe havia sido descoberto e extorquiu o zelador, o obrigando a denunciar outro funcionário da empresa como o responsável pelo crime.

A DDF também informou que o suspeito já responde a cinco processos por uso de documentos falsos e falsidade ideológica. Além disso, ele responde processo na Polícia Federal.

Com o suspeito a polícia apreendeu dois carregadores de pistola, mas sem munições. Preso, o estudante foi encaminhado para a Central de Polícia da Capital e vai responder por posse irregular de acessório de arma de fogo, extorsão indireta e fraude processual.

PortalCorreio

Após críticas, moro recua e exclui quebra de sigilo da fonte de Eduardo Guimarães

Foto: Fábio Campana - Folha Extra
Criticado por diversas entidades e profissionais do jornalismo da política pela agressão às garantias constitucionais na condução coercitiva do blogueiro Eduardo Guimarães, o juiz federal Sérgio Moro recuou e nesta quinta-feira, 23, determinou que seja excluído do processo contra Guimarães 'qualquer elemento probatório relativo à identificação da fonte da informação'.

Moro afirmou em despacho que 'o objetivo da investigação não era propriamente a de identificar a fonte da informação do blog'. "Ela já estava, em cognição sumária, identificada desde o início, mas sim principalmente apurar se de fato o seu titular havia comunicado a decisão aos investigados previamente à própria divulgação no blog e a à diligência de busca e apreensão", anotou o juiz da Lava Jato.

Na decisão, Sérgio Moro afirmou 'reconhecer que, desde a diligência, houve manifestações públicas de alguns respeitados jornalistas e de associações de jornalistas questionando a investigação e defendendo que parte da atividade de Eduardo Cairo Guimarães seria de natureza jornalística'.


"Considerando o valor da imprensa livre em uma democracia e não sendo a intenção deste julgador ou das demais autoridades envolvidas na investigação colocar em risco essa liberdade e o sigilo de fonte, é o caso de rever o posicionamento anterior e melhor delimitar o objeto do processo", destacou.

Leia a decisão de Moro na íntegra:



Brasil247

Subseção da OAB em Pombal estregou na manhã de hoje a carteira da Ordem ao jovem João Oliveira Jr

Foto: Advogado Jaques Ramos - Pres. da OAB-Pombal
Foi entregue na manhã dessa quinta feira, 23, a Carteira da Ordem dos Advogados do Brasil a mais um jovem pombalense, o agraciado de hoje foi João Oliveira Jr, que após proferir o juramento do advogado, recebeu a carteira das mãos do Presidente da Subseção Jaques Ramos.

A solenidade aconteceu na sala do advogado no fórum local, contando com a presença do vice presidente Francivaldo Gomes amigos e familiares.

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