A
organização Comitê para a Proteção de Jornalistas destacou em seu relatório
anual “crescentes taxas de impunidade” de assassinos de jornalistas no Brasil,
na Somália e no Paquistão.
"O Museu da Imprensa de Washington (www.newseum.org ) inscreveu em seu memorial nesta segunda-feira (14) os nomes de 19 jornalistas latino-americanos mortos em 2011 no exercício da profissão, dentre eles três brasileiros." Fonte: Folha
O Brasil foi
listado em 10º lugar em um levantamento de nações onde mais ocorrem mortes de
jornalistas e os responsáveis não são punidos.
O ranking
foi elaborado com base em um levantamento que levou em conta assassinatos
ocorridos entre 2003 e 2012 cujos criminosos não foram condenados. Apenas
países onde ocorreram mais de cinco crimes foram considerados, por isso somente
12 nações aparecem na lista.
O Brasil
contabilizou nove casos e uma média de 0,04 casos por milhão de habitantes. O
resultado indica uma piora em relação ao ranking do ano anterior, quando o país
figurava no 11º lugar, com um índice de 0,02 casos.
Iraque
O país
considerado mais perigoso para o trabalho jornalístico foi o Iraque, com 93
casos e uma média de 2,8 assassinatos de jornalistas por milhão de moradores.
Em
seguida no ranking vieram Somália (23; 2,3), Filipinas (55; 0,5) e Sri Lanka
(9; 0,4).
A organização
afirmou que o Brasil tem um histórico de violência contra a imprensa, mas os
casos vinham diminuindo, enquanto a eficiência para esclarecê-los subia.
Porém, há três anos os assassinatos teriam
começado a aumentar novamente. A violência se concentrou em repórteres de meios
de comunicação online e blogueiros de cidades pequenas. O ano mais violento foi
o de 2012, quando quatro casos foram contabilizados.
Thiago Florentino
Fonte: BBC Brasil