Estamos acompanhando através do sensacionalismo televisivo, o
desdobramento das investigações da Polícia Civil de São Paulo sobre o caso do
garoto Marcelo Pesseguini de 13 anos, o principal suspeito de matar os pais,
uma tia e a avó e depois cometer suicídio. O Bispo Diocesano de Patos, Dom
Eraldo Bispo da Silva, explanou em uma rápida entrevista seu ponto de vista
como sacerdote e acima de tudo como um ser humano sobre o caso.
“Primeiro devemos analisar que as coisas não acontecem do nada, ou por acaso, várias situações, sejam elas psicológicas ou espirituais, o ser humano é composto de fragilidades, corremos o risco de fazer julgamentos e sentenças definitivas sobre várias questões e devemos pedir a Deus que essa tragédia não sirva de modelo para que outros adolescentes procurem as resoluções de seus problemas e realizações nesse sentido.”
“Nesse momento devemos olhar de uma forma muito humana e sem
precipitações, porque este adolescente certamente sofreu grandes pressões
internas e pessoais, seu interior devia estar muito perturbado e muito motivado
por coisas dessa ordem, mais nada justifica uma tragédia dessas. Porém observando
por outro lado, imaginamos o que seria desse menino após ver toda sua família
por ele mesmo destruída.”
O sentido da vida...
Segundo Dom Eraldo, a maior sentença que o garoto poderia sofrer, seria conviver para o resto da vida com essa dor e sofrimento e comentou ainda mais;
“O seu suicídio, se tudo for confirmado, por onde agente está
pensando e pelo que estamos vendo, o suicídio como tentativa de solucionar esta
dor, nós não podemos julgar, mais com certeza a grandeza, a dramaticidade e a
dor do momento pode levar a pessoa a tomar uma decisão como essa.”
“O que eu penso como Bispo, como igreja, é que nós não
devemos nos tornar juízes cruéis de nenhum lado da situação, mais dizer que é
um fato a ser trabalhado pelos profissionais, pelas escolas, na educação e
também na parte religiosa, para que as pessoas façam opções por verdadeiros
valores e descubram o verdadeiro sentido da vida, sem banalizar a sua vida e a
dos outros.”