quarta-feira, 6 de junho de 2012

CÁSSIO CUNHA LIMA: No ardor da vida pessoal com a pública

"Pai, herói e amigo, referência de força, coragem,
inspiração para o futuro que planejo,
figura na qual me espelho,
fico triste com as reclamações de outrora,
mais não me deixo cair na tentação, porque sois
figura divina, que me guia ao caminho da aurora,
no caminho de luz da salvação."

Dedicado à Deus primeiramente
e à Cláudio Florentino da Silva, meu Pai!
Em depoimento concedido ao Jornalista Arimatéia Souza, do Jornal da Paraíba, o Senador Cássio Cunha Lima, falou de sua ausência pública em Campina grande, e emocionado fez declarações fortes sobre o que está passando na relação de sua vida pública com a pessoal, esta bastante desgastada pela doença que toma seu pai, o poeta Ronaldo Cunha Lima.

Aos prantos, Cássio disse que não quer perder cada instante que possa passar ao lado do pai, porque para ele, Ronaldo não é simplesmente um pai, foi o precursor de toda sua trajetória política.
 
Depoimento

“A queixa é pertinente. Reconheço que estou distante. Mas antes de ser um homem público, eu sou um ser humano. Tenho minhas vicissitudes e é impressionante como a vida tem me trazido provações, uma na sequência da outra.
 
“Após a cicatriz profunda da cassação, que eu carregarei para o resto da vida, veio a dificuldade para tomar posse. Logo depois, veio o problema da doença de Ronaldo.
 
“Como todo filho, eu amo o meu pai. Só que o poeta na minha vida é mais do que um pai. Ele é o responsável direto por cada passo que eu dei nessa minha trajetória.
 
“É algo muito sofrido. Eu vou dizer isso, Arimatea, pela primeira vez: É uma morte a cada dia. Ronaldo já não tem mais condições de viajar. Tenho a consciência plena (falando e chorando) que não o terei por muito mais tempo ao meu lado.
 
“Durante a semana fico em Brasília trabalhando, cumprindo as minhas obrigações. Quando eu volto, procuro ficar ao lado dele, porque sei que muito em breve eu não poderei tê-lo ao meu lado. E não quero deixar de dizer nada, de perguntar nada; não quero ficar com a sensação de que faltou algo”.
 
Ainda Cássio: “É uma experiência muito dura, que eu não desejo para ninguém. E isso interfere na minha atividade como homem público. Então, a minha ausência de Campina é a presença ao lado de Ronaldo, que não deixa de ser um pedaço desta cidade”.
 
Thiago M. Florentino
 
Fonte: Patos em Foco com aperte/JP