sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Viva ao Brasil e não aos “brasis”


Fonte da imagem: google
Era mais uma noite como as demais e os nordestinos realizavam sua programação noturna, trabalhando, dormindo, bebendo, assistindo Gabriela, enfim, curtindo a noite da quinta-feira, onde de repente a energia elétrica some, apreensão, algazarra, são várias as formas de reações.

Todo mundo ainda sem saber o que tinha acontecido, aos poucos foram chegando informações um pouco vagas que a coisa tinha dimensões maiores do que se imaginava mais ao menos se sabia que o apagão teria atingido todo o nordeste.

Ao amanhecer vejo o noticiário nacional informar que devido o apagão, sulistas começaram sua brincadeira preferida, fazer chacota dos nordestinos, um dos jornais de maior circulação no Pernambuco trouxer a seguinte manchete de capa; “Um apagão, dois brasis”, o editor chefe do Diário do Pernambuco merece todas as felicitações por isso.

Não é de hoje que sofremos esses ataques preconceituosos, a questão é, falam tanto da gente que eles se esquecem que é aqui onde existem os litorais mais belos do Brasil, muitos dos artistas que eles vangloriam são daqui, tais como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Raul Seixas, Zé Ramalho, Chico César, Chico Anysio, Jorge Amado, Ariano Suassuna, Joaquim Barbosa, Chico Science e por ai vai.

O sudeste e o sul só são o que são hoje porque nós resolvemos ir lá para trabalhar, imagine vocês o que seriam deles se os nordestinos não tivessem migrado para lá, quem iria fazêlos desenvolver tanto, os japoneses, os italianos? Ou será que continuariam com a falsa idéia do negro assalariado (que não deixaria de ser escravizado)?

O nordestino está voltando para seu lar, vai fazer desenvolver sua terra, aliás, hoje no Brasil a região que mais se desenvolve é o nordeste, nós temos espaço para locomoção, ar fresco, água limpa e pura, as mais lindas paisagens naturais, enquanto isso lá o ar é cinzento, não há mais espaço para locomoção, você não trabalha mais para viver e sim vive para trabalhar, eu é que não quero um futuro desse, nem muito menos para meus filhos e netos.

Viva o Nordeste! Viva ao Brasil e não a dois brasis.

Thiago M. Florentino