terça-feira, 6 de maio de 2014

MP denuncia sete por esquema de redução de penas em presídio da PB

O Ministério Público da Paraíba denunciou a ex-diretora adjunta do Presídio Feminino do Serrotão, Silnara Araújo Galdino, e seis detentas por envolvimento em um esquema de fraudes para redução de penas na unidade prisional, desarticulado em janeiro durante a Operação Remição da Polícia Civil. O G1 teve acesso a denúncia, que foi encaminhada para a 2ª Vara Criminal de Campina Grande, nesta segunda-feira (5) e nela o promotor Joaci Juvino da Costa aponta Silnara como idealizadora da ação criminosa.

Segundo o promotor, as investigações comprovaram que Silnara concedia declarações de trabalho falsas para detentas do Serrotão “com vistas a instruir pedidos de remição de pena no juízo de execução e outros benefícios como a progressão de regime e mesmo a extinção da reprimenda”. Na denúncia é citado ainda que a ex-diretora adjunta  se corrompeu ao fazer uso, por empréstimo, de um flat de uma apenada em troca de favores administrativos e ela também é acusada de se apropriar  de um quantia em dinheiro fruto das vendas de uma oficina de artesanto feita pelas apenadas.
O promotor pede que Silnara Galdino responda pelos crimes de peculato, corrupção passiva , advocacia administrativa e falsidade ideológica. Já com relação as seis detentas, a denúncia é de falsidade ideológica e corrupção passiva.
Durante as investigações, a Polícia Civil apontou também a participação de Alinne Cristina Cardoso da Silva, ex-diretora do Serrotão, e do advogado Ramon Dantas Cavalcante no esquema fraudulento. Eles, mais Silnara e quatro detentas que estavam no regime semiaberto foram presos durante a Operação Remição. No entanto, o Ministério Público decidiu arquivar o inquérito contra os dois e também contra uma servidora da Vara de Execuções Penais por falta de provas.
O advogado Moisés Morais, que defende Silnara Galdino, disse que vai esperar a Justiça se pronunciar sobre a denúncia para apresentar a defesa. Segundo ele, o inquérito policial é frágil e não existe esquema criminoso.
“O Ministério Público mostra que não há esquema, quando deixa de denunciar a diretora e o advogado. Não existe um depoimento que se fale em dinheiro, os benefícios teriam ocorrido em troca de quê? Todo castelo montado pela Polícia Civil foi por água abaixo”, disse Moisés. O advogado disse ter confiança que sua cliente não será condenada, caso a Justiça venha a aceitar a denúncia do MP.
G1Paraíba

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