Em uma noite de festa, com a
presença de grandes artistas da música nordestina, foi realizada nesta
quinta-feira (10) a 9º edição do Troféu Gonzagão. Este ano, os grandes
homenageados foram o cantor e compositor Geraldo Azevedo; o grupo de
instrumentistas Quinteto Violado; e o sanfoneiro Abdias do Acordeom (in
memoriam). Também foram homenageados o padre Fábio de Melo e o cantor e
pianista português Mário Moita. O troféu é carinhosamente chamada de “o óscar
da música nordestina”.
A cerimônia aconteceu no Centro de Convenções Raimundo Asfora, em Campina
Grande, e contou com as apresentações de outros grandes nomes da música
brasileira como, Marcos Farias, Azulão, Chambinho, Maciel Mel, Flávio José,
Antônio Barros, Os 3 do Nordeste, Cezinha e Fulô de Mandacarú Ao todo foram
convidadas cerca de 600 pessoas, entre estes 180 artistas. Especialmente neste
ano, os melhores momentos da premiação vão ser exibidos no dia 20 de maio, após
o Jornal Hoje, na Paraíba e em Pernambuco.
O padre Fábio de Melo abriu as apresentações da noite e disse que, apesar
de ser mineiro, se sente parte do Nordeste. Ele disse que a música nordestina,
como as canções de São João, têm raízes religiosas. “Eu comecei minha carreira
na Paraíba, em especial Campina Grande. E quando eu fui a primeira vez para
Sertão da Paraíba eu reconheci em mim uma essência de Nordestino, mesmo sendo
do interior de Minas Gerais”, disse o padre.
O grupo Quinteto Violado recebe o Troféu Gonzagão no ano em que completa
45 anos de fundação. “Estamos muito felizes porque essa homenagem trata de uma
figura que foi muito importante na história do Quinteto Violado. A gente diz
sempre que a sonoridade do Quineto Violado deve-se a leitura que nós fizemos de
Luiz Gonzaga”, disse o Marcelo Melo, um dos fundadores do grupo.
Representando Abdias do Acordeon (in memoriam), o filho dele Marcos Farias
recebeu o troféu e lembrou de parte da trajetória do seu pai. “Eu fico feliz
hoje em está sendo reconhecido e receber esse prêmio em homenagem ao meu pai,
que saiu da cidade de Taperoá, na Paraíba, e chegou ao Rio de Janeiro e
conseguiu fazer com que o nordeste fosse ouvido, através dos discos que ele
produziu e trouxe essa cultura”, disse ele.
O português Mário Moita fez uma apresentação misturando o forró nordestino
com a música portuguesa. Esta foi a primeira vez que ele esteve em Campina
Grande. “É com prazer que estou aqui esta noite, com muita alegria. Hoje tenho
a sensação de que o Brasil e Portugal estão bem mais perto do que muitas vezes
a gente imagina. Muito obrigado por terem me convidado para esta noite”, disse
o português.
O cantor e compositor Geraldo Azevedo agradeceu a homenagem no Troféu e
disse que “a nossa cultura é uma das mais ricas do planeta terra. Cultura é a
alma, é a arte de um país A gente tem uma diversidade incrível. A gente exporta
pra todo lugar do mundo. Esse projeto Troféu Gonzagão é feito realmente para se
tirar o chapéu”. O troféu deste ano traz um vilão e uma parte da partitura da
música Dia Branco de Geraldo Azevedo.
O odontólogo Ajalmar Maia, um dos idealizadores do Troféu Gonzagão,
exaltou a realização de mais uma edição do evento. “Esse é um momento de
confraternização entre os artistas das nossa cultura. É muito bom ver todos
aqui. Eu espeço que o Troféu Gonzagão cresca mais a cada ano e continue
rompendo as barreiras da Paraíba, do Nordeste e do Brasil”.
G1 Paraíba
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