domingo, 23 de abril de 2017

Protesto em JP pede justiça 90 dias após atropelamento do agente Diogo

Foto: reprodução da internet
Mais um protesto foi registrado nessa sexta-feira (21) pedindo justiça para o agente de trânsito Diogo Nascimento, que morreu após ser atropelado na madrugada do dia 21 de janeiro durante uma blitz da Lei Seca em João Pessoa. A manifestação ocorreu no bairro de Mangabeira, na Zona Sul da Capital, e marcou os 90 dias do crime, cujo acusado, Rodolpho Gonçalves Carlos da Silva, segue em liberdade.

O grupo de manifestantes, composto por parentes, amigos e colegas de trabalho de Diogo, fez um ‘pit stop’ e adesivagem de veículos que passaram pelo local. Além pedirem a prisão do acusado do crime, agentes do Detran-PB que atuam nas operações da Leia Seca também pediram melhores condições de segurança para as atividades que executam.

“O sentimento é de revolta porque até agora nada foi feito e a gente não quer que esse crime fique impune”, disse o pai de Diogo, Damião de Sousa.

“Três meses de luta! Não vamos parar até ver Rodolpho Carlos atrás das grades! Lutaremos sempre, não desistiremos jamais!”, diz postagem na página ‘Justiça para Diogo’, no Facebook.

Relembre o caso

Diogo Nascimento foi atropelado quando trabalhava em uma operação da Lei Seca. O suspeito de atropelá-lo, Rodolpho Gonçalves Carlos da Silva, teria desobedecido ordem de parada e avançado um Porsche que conduzia sobre o agente. A vítima chegou a ser socorrida para o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, mas morreu no dia seguinte.

A Justiça pediu que Rodolpho fosse preso, mas o desembargador Joás de Brito concedeu habeas corpus na madrugada do dia 22 de janeiro, antes mesmo de o suspeito ser detido. O carro dele foi apreendido. Durante a semana que se sucedeu ao atropelamento, a Polícia Civil e o Ministério Público da Paraíba formularam novo pedido de prisão de Rodolpho.

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba decidiu, em sessão no dia 7 de março, não reavaliar o habeas corpus concedido a Rodolpho. A decisão argumentou que o processo “perdeu o objeto, uma vez que Rodolpho já se tornou réu”.

A defesa de Rodolpho alega que ele está colaborando com as investigações, entregou Carteira de Habilitação e o passaporte e que não há impunidade porque todos os requisitos legais de ampla defesa e direito ao contraditório vêm sendo cumpridos.

PortalCorrio

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